Auditores fiscais e tecnologia reforçam fiscalização e impulsionam um Estado mais transparente e equilibrado

Nos últimos anos, Minas Gerais tem se destacado nacionalmente por associar inteligência fiscal e inovação tecnológica para aumentar a eficiência na cobrança de tributos e combater práticas de sonegação. Essa estratégia, além de tornar o ambiente de negócios mais justo, tem sido fundamental para a recuperação financeira do Estado junto à União, garantindo recursos para serviços essenciais e o pagamento de dívidas.

A Secretaria de Estado de Fazenda (SEF/MG) ampliou os investimentos em sistemas digitais de acompanhamento, cruzamento de dados e comunicação direta com os contribuintes. Um dos exemplos mais bem-sucedidos é o Radar Controle Automático, um sistema que cruza milhares de informações fiscais e cadastrais para identificar irregularidades de forma preventiva. O mecanismo monitora empresas recém-abertas e negócios em atividade, aplicando 16 filtros investigativos para detectar riscos.

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Para o subsecretário da Receita Estadual, Osvaldo Scavazza, a ferramenta fortalece o empreendedorismo ético. “Nosso objetivo é garantir que o mercado funcione corretamente e que todos contribuam para a justiça fiscal”, afirma.

Auditores, peças-chave na transformação

O êxito desses programas só é possível graças ao trabalho técnico dos auditores fiscais, que analisam os dados, investigam suspeitas e orientam contribuintes diariamente. São esses profissionais que transformam informação em ação fiscal e asseguram que as irregularidades sejam tratadas de forma ágil.

Reconhecendo a importância desse quadro, Minas Gerais promoveu em 2022 um concurso público para Auditor Fiscal Estadual, realizado em Belo Horizonte. O ingresso de novos servidores reforçou a equipe e demonstrou a valorização de uma carreira essencial para o equilíbrio das contas públicas. “A tecnologia amplia o alcance do trabalho, mas é o olhar técnico do auditor que garante a qualidade da fiscalização”, destaca Scavazza.

Atualmente, o Estado emite cerca de 30 mil inscrições estaduais por mês. Em média, 10% dessas novas empresas são filtradas pelo Radar; e, entre elas, 77% têm indícios confirmados de irregularidades após análise dos auditores. As comunicações com os contribuintes ocorrem pelo Domicílio Tributário Eletrônico (DT-e), o canal oficial da Secretaria.

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Recuperação fiscal e credibilidade

Esse esforço conjunto entre tecnologia e servidores tem impacto direto na recuperação fiscal de Minas Gerais. Parte dos valores que o Estado voltou a repassar à União deriva do aumento de arrecadação obtido por meio desses mecanismos modernos, o que garante recursos para a manutenção dos serviços públicos e para honrar compromissos financeiros.

O resultado também aparece no reconhecimento nacional. Em 2025, Minas recebeu o selo “Qualidade da Informação Contábil e Fiscal” do Tesouro Nacional, obtendo 96,66% de aprovação no Ranking da Qualidade da Informação Contábil e Fiscal, levantamento que avalia a consistência e a transparência dos dados contábeis enviados pelos estados ao Siconfi. Para o Tesouro, bons indicadores fortalecem a credibilidade do governo e ampliam a capacidade de pagamento do Estado (CAPAG), requisito essencial para novos financiamentos com garantia da União.

Cidadania fiscal e combate às fraudes

Além da fiscalização preventiva, Minas investe na conscientização da população. O programa Nota Fiscal Mineira, lançado em 2023, completou um ano com mais de 30 mil prêmios distribuídos, somando R$ 15,5 milhões para consumidores e entidades assistenciais. A iniciativa incentiva o hábito de pedir nota fiscal, ajudando a combater a sonegação e promovendo educação tributária.

As ações conjuntas com órgãos de segurança também têm produzido resultados expressivos. Em julho, uma operação integrada da Receita Estadual com a Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar, Polícia Civil e Ministério Público desmantelou um esquema de comércio ilegal de cigarros em Nova Serrana, no Centro-Oeste mineiro. Foram apreendidos 1,7 milhão de maços de cigarros, um prejuízo estimado em R$ 13 milhões para o mercado ilícito e aproximadamente R$ 4,6 milhões em tributos sonegados.

Um Estado mais justo

Para a SEF/MG, o êxito dessas ações demonstra que tecnologia, inteligência fiscal e valorização dos servidores andam lado a lado. Em evento recente, o governador Romeu Zema destacou o caráter inovador dos programas e sua relevância para a justiça tributária. Segundo o secretário de Fazenda, Luiz Claudio Gomes, essas medidas são cruciais para “um Estado mais justo e equilibrado, onde quem cumpre a lei não seja prejudicado por quem tenta burlar o sistema”.

No dia a dia, os auditores fiscais mineiros são protagonistas dessa mudança. Com atuação técnica baseada em dados confiáveis, asseguram que a arrecadação sustente os serviços públicos e possibilite ao Estado continuar pagando suas obrigações. A meta é clara: consolidar Minas Gerais como referência em gestão tributária moderna, transparente e justa, em benefício de toda a sociedade.

Fontes: Secretaria de Estado de Fazenda de Minas Gerais (SEF/MG); Programa Nota Fiscal Mineira; Programa Radar Controle Automático.

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