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FÊNIX, O OITAVO

Muitas vezes, a gente fala de nossos livros e algumas pessoas interpretam mal, acham que estamos loucos para vender um livro e ter um lucro.  Primeiro que livro não dá lucro, só dá a satisfação de ser lido e, às vezes, reconhecido.

Antes de passar ao assunto principal, quero deixar claro que dos 300 exemplares que brevemente estarão em minhas mãos, neste comento em que escrevo, praticamente não resta nenhum, estão quase todos reservados e aguardo algumas respostas.

Aliás, é bom que se frise que 90% dos meus livros eu dei.   Mas desta vez, resolvi valorizar o meu trabalho, pois se eu não o fizer, quem o fará?   Concluí que livro não é para ser dado, depois de dar muitos que nem foram lidos.  É para quem se interessar, comprar. Por isso, não faço lançamentos.  Soa como uma obrigação, a pessoa vai numa festa, muitos compram o livro como forma de pagar por ela e nunca chegam a ler.

Desde criança, me imaginava sendo escritor, jornalista, historiador, fazendeiro e até mesmo um cientista para conquistar a lua e outros planetas.  De uma certa forma, só não consegui fazer tais viagens, mas outras eu fiz — e muitas! —. No entanto num dos livros, já que gosto de misturar ficção e realidade, fui a vários planetas, existentes ou não e até para outras galáxias.

Quando falavam que ia ter uma redação, de surpresa, nas aulas de Português, enquanto a maioria praguejava, eu amava.  Era o que mais queria e quase sempre vinha nota máxima ou perto dela.

Mas, acima de tudo, a partir dos 16 anos, quis ser médico.  Médico alergista, como fui, veio com o tempo. E repetiria tudo outra vez, se fosse possível viver de novo…

Talvez muitos não saibam, mas com os livros que consegui concurso para inscrever, ganhei prêmios, e grandes. O maior deles, Primeiro Lugar, com Louvor, da Academia Internacional de Ciências, Letras, Artes e Filosofia do Rio de Janeiro.  Os três críticos me deram 10 com louvor.

Já fui chamado por alguns críticos de maior memorialista mineiro vivo e de Charles Chaplin. Infelizmente e, em especial em minha querida terra, pouco valor se dá para isso, assim como não se deu para os cinco títulos de especialista em Alergia que possuo — não falo isso para ter pacientes, eu já estou aposentado e com muitas saudades desde 2.4.19, quando o consultório completou 45 anos. Não sou demagogo ou interesseiro e sempre primei pela sinceridade e espontaneidade —, inclusive internacionais. Hoje meus dois filhos me sucederam na especialidade que tanto amei.

Bem, vamos ao tema do novo livro, paremos de divagar.

Estou contando nele, primeiro em forma de romance com um pouco de ficção, tudo o que consegui saber e traduzir a respeito da História do Líbano, da Síria, das cidades de onde me origino, da história de minha família, que antes de ser Gannam, era uma parte da família Farah, que por coincidência é a da minha mãe e que um dia, após trágicos acontecimentos, em 1743, teve seu nome mudado.  É uma história tão complexa e triste que os que leram o livro antes, para escrever a orelha e a contracapa dizem que deveria ser transformada num filme ou novela.  Quem sabe um dia?  Afinal muita gente só é valorizada depois que não está mais aqui.  Existem memórias de nossa família em São Lourenço, Ribeirão Vermelho, Rio de Janeiro, além de dezenas de histórias no Líbano, Argentina e EUA.  E, no final, coloquei um apêndice com o relato de todas as 12 vezes em que lá estive.

Garanto que o livro vai surpreender aos quase 300 que já fizeram suas reservas.

Como a gráfica costuma mandar uns 5% a mais, estou fazendo também uma lista de pessoas na fila de espera.

Aguardo ansioso para ver o que os leitores vão achar.  Para mim, é o meu best seller . Afinal, quem não tem um carinho especial pelo filho caçula?

Mas o importante — e muito —, agora, é saber o que os leitores acharão…

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