Da esquerda para a direita: Os campeões Donieverson, Túlio e Raul. — Foto: Alquimia Fotografia/BSCA
Dois Sul-mineiros ficaram em segundo e terceiro lugares no 4º Campeonato Brasileiro de Torra de Café promovido pela Brazil Specialty Coffee Association (BSCA) em Belo Horizonte (MG), na última semana de abril. O torrefador Raul Felipe Paulino de Souza, de Guaxupé (MG) e Donieverson dos Santos, de Três Corações (MG), foram classificados. Quem ficou em primeiro lugar foi o paraibano Túlio Fernando de Souza.
Segundo informações da BSCA, a quarta edição do evento no Brasil integra o cronograma de ações do projeto setorial “Brazil. The Coffee Nation”, desenvolvido pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). O presidente do júri foi o polonês Lukasz Jura, especialista em competições de torra e representante da World Coffee Events (WCE).
O competidor de João Pessoa (PB), Túlio de Souza ficou em primeiro lugar e garantiu sua vaga no World Coffee Roasting Championship, a competição mundial da categoria, que será realizada durante a World of Coffee Milan, entre 23 e 25 de junho, na Itália.
O torrefador Raul Felipe Paulino de Souza é natural de Guaxupé (MG), mas foi criado em Poços de Caldas (MG). Começou a trabalhar com café em 2012 na regional Poços da Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé) no departamento de classificação.
Com o fechamento da unidade em 2018, Raul foi transferido para sua terra natal para trabalhar na unidade de cafés especiais.
“Foi em 2018 que eu comecei a me dedicar aos cafés especiais, trabalhando no controle de qualidade, e me especializando em torra. Fiz curso um curso de torra, de química da torra e aperfeiçoei minhas técnicas com professores e Q-graders”, recordou. Atualmente, ele estuda Tecnologia em Gestão do Agronegócio.
Perguntado sobre as competições, Raul contou que foi a primeira vez que participou de um campeonato e, mesmo assim, conquistou a segunda colocação.
“Aprendi muito nesse campeonato, conhecendo profissionais do café do Brasil inteiro e aprendendo outras metodologias de torra. Eu fiquei muito feliz por ter sido vice-campeão, mas o que mais vou agregar na minha carreira, foi a troca de informações e conhecimentos entre os competidores.”, comemorou.
O engenheiro agrônomo Donieverson dos Santos começou a trabalhar com café em 2016 em um estágio que fez na sua cidade natal: Três Corações (MG). Em 2017, ele foi para o laboratório de controle e qualidade de cafés, onde ele conheceu o trabalho com cafés especiais.
“No departamento de controle de qualidade nós trabalhávamos com classificação física, análise sensorial, laudo para produtores rurais, torra e diferentes oficinas”, lembrou.
Um ano depois, Doni, como é mais conhecido, começou a trabalhar em uma exportadora de cafés especiais em Poços de Caldas (MG).
“Trabalho no setor de controle e qualidade e comercial, recepcionando os clientes e fazendo negociações de café no mercado interno”, detalhou ele sobre sua rotina de trabalho.
O agrônomo “Doni” acumula premiações e uma delas é do campeonato realizado em abril pela BSCA. — Foto: Arquivo Borboun Specialty Coffees
O agrônomo também possui MBA em Agronegócios, é Q- Arábica Grader (CQI) e também tem curso de classificação e degustação de cafés. No quesito campeonatos, Doni acumula algumas premiações.
“Em 2018, fui campeão estadual em torra de cafés especiais na região da Alta Mogiana Paulista. No mesmo ano, também ganhei o campeonato brasileiro de torra de cafés especiais em Curitiba (PR). Em 2019, fui representante brasileiro no World Coffee Roasting Championship na Itália. Ainda em 2019, também fui 6° Colocado no Campeonato Brasileiro de Torra de Cafés Especiais e agora, em 2022, fui 3° colocado na mesma competição”, contou.
O campeonato nacional teve 23 competidores, que tiveram que planejar e elaborar a melhor torra no software oficial da Cropster Brasil. Os participantes passaram por três etapas práticas com equipamentos oficiais para elaborar o plano de trabalho; a classificação física por defeitos e peneira e o processo de torra.
O vice-campeão Raul Souza contou que a competição durou três dias. No início, foram disponibilizados um torrador de 2kg para amostras e outro de produção com capacidade de 5 kg.
“No primeiro dia foram realizadas as torras do café oficial no torrador de 2kg, para entendermos o desenvolvimento do grão e, no dia seguinte, realizar o cupping para descrever o perfil sensorial do café”, explicou.
Sul Mineiros são premiados no 4º Campeonato Brasileiro de Torra de Café da BSCA em Belo Horizonte (MG). — Foto: Alquimia Fotografia/ BSCA
Raul explicou que o café oficial era um cereja descascado do Sul de Minas. E que o processo de preparação era com fermentação controlada com leveduras oriundas do próprio terroir do cafeeiro.
Ele detalhou as atividades do segundo dia onde as amostras foram degustadas pelos competidores para definir o plano de torra ideal (temperaturas, pesos iniciais e finais e coloração) e descrever o perfil sensorial do café (aroma, sabor, finalização e intensidade de corpo, acidez e doçura). E foram feitas as torras no torrador de 5kg seguindo o plano já definido e entregue aos juízes.
Sul Mineiros são premiados no 4º Campeonato Brasileiro de Torra de Café da BSCA em Belo Horizonte (MG). — Foto: Alquimia Fotografia/ BSCA
E, no terceiro dia, os quatro juízes receberam os cafés e as anotações dos competidores com o perfil sensorial e plano de torra para checarem se essas informações bateram com a descrição de cada mestre de torra.
Segundo informações da BSCA, o Campeonato Brasileiro de Torra é mais uma ação do projeto setorial “Brazil. The Coffee Nation” com foco na promoção comercial do café nacional no mercado externo. O objetivo é reforçar a imagem dos grãos brasileiros em todo o mundo e posicionar o país como fornecedor de alta qualidade, com utilização de tecnologia de ponta fruto das pesquisas realizadas.
Sul Mineiros são premiados no 4º Campeonato Brasileiro de Torra de Café da BSCA em Belo Horizonte (MG). — Foto: Alquimia Fotografia/ BSCA
O projeto pretende ainda expor os processos exclusivos de certificação e rastreabilidade adotados na produção nacional de cafés especiais, demonstrar sua responsabilidade socioambiental e incorporar vantagem competitiva aos produtos brasileiros.
Fonte G1
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