Foto: Arquivo Pessoal
Um jovem de apenas 20 anos mantém viva a história de Guapé (MG) através da reprodução em miniaturas de prédios e pontos turísticos e a colorização de fotos antigas do município. José Eduardo Martins é servidor público e atua na Casa da Cultura explicando aos visitantes a história da cidade.
“Trabalho explicando a história para quem tem interesse em buscá-la. Eu estudo a história de Guapé desde novinho, nem sei ao certo quando comecei a estudá-la, de tanto que faz tempo e explico essa história na Casa de Cultura de Guapé, o que pra mim é um gosto”, disse o jovem ao g1.
Jovem mantém viva história do ‘antigo Guapé’ através de miniaturas e colorização de imagens antigas em MG — Foto: Arquivo Pessoal
Guapé tem pouco mais de 14 mil habitantes e é conhecida pelo turismo, já que é uma das cidades banhadas pelo Lago de Furnas, o que proporciona locais e paisagens paradisíacas. Apesar das belezas naturais, a cidade foi vítima do progresso, já que na década de 1960, teve a cidade velha inundada devido à construção da Hidrelétrica de Furnas e seu lago artificial.
“Era uma cidade maravilhosa. Em 1963 a cidade foi tomada pelas águas para progresso do Brasil e o povo sofreu demais, sofreu demais mesmo. Muita gente foi embora de Guapé, foi tentar uma vida melhor fora daqui, outras pessoas morreram de desgosto e outras ficaram aqui na cidade resistindo e lutando para a construção do novo Guapé”.
“Hoje a gente tem uma nova cidade, é uma cidade muito boa para se morar, a nossa história ainda é muito presente. Ainda restaram construções que pertenceram à cidade antiga de Guapé, tem algumas ruas aqui muito históricas”, disse o jovem.
Através das maquetes, José Eduardo reproduz, em miniaturas, construções que fazem parte da história de Guapé.
“Gosto de reproduzir miniaturas, construções que tenham uma certa história, que fazem parte da identidade do povo. Gosto de recriar uma construção que tenha alguma história para mim ou outras pessoas em forma de maquete”, conta.
Já com o trabalho de colorização de fotos antigas, ele traz vida para aquelas imagens que aos poucos vão se perdendo no tempo.
“Gosto de divulgar um pouco da beleza do nosso Guapé, tirando fotos atuais da nossa cidade, fazendo com que o povo veja a arte que é o nosso Guapé e também trazendo de volta às cores aquelas imagens em preto e branco, que foram da cidade antiga e que muita gente, inclusive eu, tem muita vontade de vê-las coloridas”, contou.
“Faço por hobby, por gostar mesmo. É uma coisa que quando a gente gosta, a gente não se preocupa por fazer pra ganhar dinheiro. Fazer por gostar mesmo e o povo ver um pouco do nosso trabalho”
Gosto pela história
O gosto pela história da cidade onde vive veio desde cedo na vida do José Eduardo, principalmente pela convivência com pessoas de mais idade, que chegaram a viver na “antiga Guapé”.
“Esse gosto, esse interesse, é uma coisa profunda que vem de mim mesmo. Foi ouvindo pessoas, principalmente minha avó, que vivenciou o tempo da chegada das águas de Furnas. Ela também viveu os tempos de alegria da cidade antiga, então ela me contando, eu tive muito interesse”, disse o jovem.
Jovem revive a história de Guapé através da colorização de fotos antigas da cidade — Foto: Arquivo Pessoal
Jovem revive a história de Guapé através da colorização de fotos antigas da cidade — Foto: Arquivo Pessoal
As histórias da “Guapé Antiga” fizeram Eduardo despertar dentro dele uma vontade de saber ainda mais sobre a origem de sua cidade.
“Eu passei a estudar muito a história do Guapé antigo por gosto mesmo, li os livros, entrevistava as pessoas, perguntava, perguntava, até que juntei o que cada um me disse, o que eu li e hoje eu tenho um conhecimento sobre a história da antiga cidade de Guapé”, disse o jovem.
Outra paixão do jovem é a arquitetura. Ao ver fotos antigas, ele acabou descobrindo que as casas que eram construídas no “antigo Guapé” eram diferenciadas.
“Quando eu tive meu primeiro celular, eu pesquisei imagens do Guapé antigo e vendo essas imagens, eu vi que além de gostar da história da cidade antiga, ela era inteira de uma arquitetura que eu era apaixonado. Era uma cidade maravilhosa. Vendo isso, aquela história das águas, do surgimento de Guapé, isso me despertou uma sede pela história e aí eu passei a estudar”, disse.
História ainda presente
Apesar da pouca idade, José Eduardo é uma das pessoas que tentam manter viva a história de Guapé e do Lago de Furnas. E essa história hoje é preservadas em livros e documentários, que são feitos com pessoas que viveram naquela época.
“Essa história está presente através de livros, documentários, documentos e depoimentos das próprias pessoas que viveram nessa época. como essas pessoas já são de idade, já estão nos deixando, aqui em Guapé as pessoas fazem o máximo para registrar o depoimento dessas pessoas e quem tem o interesse, busca saber com essas pessoas um pouquinho dessa história”, disse o jovem.
A história viva pode ser vista a olho nu quando as águas do Lago de Furnas baixam e ruínas da antiga cidade de Guapé aparecem.
“Quando as águas de Furnas baixam, você consegue ver um campo arqueológico, as ruínas da Igreja Matriz, os alicerces de algumas casas, as bases de outras. Atualmente o nível está alto, então não é possível ver as ruínas agora”.
Fonte G1
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