Existem os sambas-enredos oficiais, os que as escolas de samba apresentam na avenida. E existem os sambas extraoficiais, os que exaltam e animam as agremiações nos ensaios, nas quadras e nas concentrações dos componentes das escolas antes do desfile. São a esses sambas que Dudu Nobre dá voz no álbum Sambas de exaltação RJ, lançado na sexta-feira, 11 de fevereiro.
No disco, o cantor, compositor e músico carioca reúne hinos informais de 15 escolas de samba de Niterói (RJ), da Baixada Fluminense (RJ) e da cidade do Rio de Janeiro (RJ).
A seleção de repertório inclui dois sambas extremamente populares que extrapolaram o circuito folião. São os casos de Exaltação à Mangueira (Enéas Brites da Silva e Aloísio Augusto da Costa, 1955) e de Portela na avenida (Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro, 1981), lançados nas vozes dos cantores Jamelão (1913 – 2008) e Clara Nunes (1942 – 1983), respectivamente.
Em contrapartida, há sambas até então inéditos em disco, casos de A São Clemente vem aí (Wilson Magnata) e de Exaltação ao padroeiro São Sebastião (Daniel Silva), este da escola Paraíso do Tuiuti.
Já Estrela de Madureira (Acyr Pimentel e Cardoso, 1975) foi samba-enredo que disputou a eleição para ser cantado pela escola Império Serrano no Carnaval de 1975, ano em que a escola de Madureira levou para a avenida o enredo em homenagem à vedete Zaquia Jorge (1924 – 1957).
Derrotado na disputa, o samba foi gravado pelo cantor Roberto Ribeiro (1940 – 1996) e atravessou gerações sem perder o brilho melódico e poético. Estrela de Madureira é um dos destaques do repertório do álbum Sambas de exaltação RJ.
Já Cartão de identidade (Jorge Carioca e Djalma Crill) e O dia vai chegar (Júlio Alves) são sambas conhecidos por todos os seguidores e componentes das escolas Mocidade Independente de Padre Miguel e Unidos da Tijuca, respectivamente, mas que quase nunca foram gravados.
Para tentar reproduzir no disco o clima das quadras e das concentrações, com fidelidade à sonoridade do canto de sambas como Rainha de Ramos (Guga, Preto Jóia e Toninho Geraes) e Torrão amado (Buguinho e Iraci Mendes), hinos nas quadras da Imperatriz Leopoldinense e Acadêmicos do Salgueiro, Dudu Nobre arregimentou os arranjadores Kayo Calado, Rafael Prates e Victor Alves.
Para garantir o calor da batucada, o sambista convocou diretores de bateria da Mangueira e da Unidos da Vila Isabel – escola exaltada com o samba Sou da Vila e não tem jeito (Jorginho Saberás, Rodolpho de Souza e Vilani Silva).
Somente pela reunião e registros desses 15 sambas, o disco de Dudu Nobre presta bom serviço à memória do Carnaval do Rio de Janeiro. Fonte G1
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
cookielawinfo-checkbox-analytics | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics". |
cookielawinfo-checkbox-functional | 11 months | The cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional". |
cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary". |
cookielawinfo-checkbox-others | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other. |
cookielawinfo-checkbox-performance | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance". |
viewed_cookie_policy | 11 months | The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data. |